
No entanto, esse fenômeno cultural e tecnológico, que aproxima pessoas e gera oportunidades, também levanta preocupações importantes quando se trata da saúde mental.
Afinal, de que forma as redes sociais afetam nosso bem-estar emocional, psicológico e social? Neste artigo, vamos explorar os impactos positivos e negativos desse universo digital e refletir sobre como manter uma relação equilibrada com essas ferramentas.
É inegável que as redes sociais trouxeram inúmeros benefícios para a vida cotidiana:
Conexão social
Pessoas que vivem distantes podem manter contato, compartilhar momentos e estreitar laços. Para quem enfrenta isolamento social, especialmente em situações de pandemia ou mudança de país, essa conexão pode ser uma fonte de apoio emocional.
Acesso à informação e educação
Plataformas como YouTube, podcasts e blogs possibilitam o aprendizado sobre quase qualquer tema. Esse acesso democratiza o conhecimento e pode fortalecer a saúde mental, oferecendo informações sobre autocuidado, psicologia e bem-estar.
Apoio e comunidades
Grupos de apoio virtuais, comunidades sobre saúde mental e páginas de especialistas ajudam pessoas a se sentirem acolhidas. Alguém em crise pode encontrar palavras de conforto ou identificar experiências semelhantes que reduzem a sensação de solidão.
Entretenimento e criatividade
As redes também funcionam como espaço de lazer, humor e expressão criativa, fatores importantes para aliviar o estresse e estimular a autoestima.
Esses pontos mostram que, quando usadas de forma saudável, as redes sociais podem contribuir positivamente para a vida emocional e mental.
Apesar dos benefícios, as redes sociais também carregam riscos que têm sido cada vez mais estudados por psicólogos, psiquiatras e pesquisadores. Alguns dos impactos mais relevantes incluem:
1. Comparação social e baixa autoestima
O ambiente digital é marcado por imagens editadas, filtros e construções de uma “vida perfeita”. Essa realidade distorcida leva muitos usuários a se compararem constantemente com outros, o que pode gerar sentimentos de inadequação, frustração e baixa autoestima.
2. Ansiedade e FOMO (“Fear of Missing Out”)
A sensação de estar sempre perdendo algo — um evento, uma oportunidade ou uma tendência — é alimentada pelo fluxo contínuo de informações. Esse medo de “ficar de fora” pode aumentar a ansiedade e a necessidade compulsiva de verificar notificações.
3. Dependência e uso excessivo
Estudos apontam que o uso descontrolado das redes pode se assemelhar a um vício, gerando abstinência quando a pessoa tenta se desconectar. Essa dependência interfere no sono, nos relacionamentos presenciais e até na produtividade profissional ou acadêmica.
4. Cyberbullying e discursos de ódio
O anonimato e a facilidade de comunicação podem estimular comportamentos agressivos, como ataques virtuais, cancelamentos e humilhações públicas. Esses episódios têm forte impacto na saúde mental, aumentando quadros de depressão e até risco de suicídio.
5. Alterações no sono e atenção
A exposição prolongada às telas, especialmente à noite, interfere no ritmo circadiano e prejudica a qualidade do sono. Além disso, o excesso de estímulos reduz a capacidade de concentração, favorecendo a procrastinação e a fadiga mental.
Evidências científicas sobre redes sociais e saúde mental
Pesquisas realizadas em universidades de renome apontam que o uso das redes está diretamente ligado a mudanças emocionais:
Estudo da Universidade da Pensilvânia (2018): reduziu o tempo de uso das redes a 30 minutos por dia em um grupo de estudantes e observou queda significativa nos níveis de solidão e depressão.
Relatórios da Organização Mundial da Saúde (OMS): alertam que adolescentes são especialmente vulneráveis, já que ainda estão desenvolvendo habilidades de autorregulação emocional.
Pesquisa da American Psychological Association (2023): mostrou que usuários que usam redes sociais de forma passiva (apenas consumindo conteúdo) relatam mais sentimentos de inveja e insatisfação, enquanto os que interagem ativamente (comentando e compartilhando) sentem maior conexão social.
Esses dados reforçam a necessidade de equilibrar o tempo online e adotar práticas de uso consciente.
Diante dos riscos, é possível desenvolver estratégias que ajudam a manter uma relação mais equilibrada com o ambiente digital:
Definir limites de tempo
Utilizar recursos como temporizadores e alarmes pode ajudar a controlar o tempo gasto nas redes. Definir horários específicos para checar mensagens reduz a sensação de compulsão.
Curar o feed
Escolher conscientemente quais perfis seguir é essencial. Acompanhar páginas que inspiram, educam e acolhem, em vez de perfis que causam comparação negativa, faz diferença significativa.
Praticar o “detox digital”
Pausar o uso das redes em determinados períodos, como finais de semana ou durante férias, pode ajudar a reduzir a ansiedade e reconectar-se com atividades offline.
Valorizar conexões reais
Investir em conversas presenciais, ligações telefônicas ou atividades em grupo fortalece laços afetivos e diminui a dependência do contato virtual.
Buscar ajuda profissional
Quando o uso das redes começa a afetar a saúde mental de forma mais intensa — causando depressão, ansiedade severa ou isolamento social — é importante buscar apoio de psicólogos ou psiquiatras.
O impacto das redes sociais é especialmente forte em crianças e adolescentes. Nesse contexto, famílias e instituições de ensino desempenham papel crucial:
Educação digital: ensinar desde cedo o uso responsável das redes, explicando os perigos de exposição excessiva e comparação.
Diálogo aberto: manter conversas constantes sobre os conteúdos que os jovens consomem e produzem, criando um ambiente de confiança.
Exemplo dos adultos: pais e educadores também precisam refletir sobre seu próprio uso das redes, já que o comportamento serve de modelo para os mais jovens.
As redes sociais são parte inevitável da vida contemporânea. Elas oferecem oportunidades incríveis de aprendizado, comunicação e lazer, mas também apresentam riscos significativos para a saúde mental, especialmente quando utilizadas sem consciência ou limites.
A chave não está em demonizar as redes, mas em aprender a usá-las de forma equilibrada, crítica e saudável. Como qualquer ferramenta poderosa, cabe a cada um de nós decidir se ela será fonte de crescimento ou de sofrimento.
Ao reconhecer tanto os benefícios quanto os riscos, podemos transformar nossa relação com o ambiente digital em algo mais positivo, fortalecendo a saúde mental e construindo uma convivência mais saudável no mundo online e offline.
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