O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é considerado um transtorno de neurodesenvolvimento mais comum na infância, ...

O que são caracterizados por déficits que resultam prejuízos no funcionamento pessoal, social ou acadêmico. Apesar de o TDAH não apresentar causas totalmente definidas, pode-se constatar que fatores genéticos e ambientais interferem neste transtorno. Logo, possui como quadro clínico a seguinte tríade de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade, que podem se alterar dependendo da faixa etária.

De acordo com o Manual de Diagnóstico Mental – DSM5 – TR, um dos critérios diagnósticos do TDAH é a desatenção, que apresenta como características:

• Frequentemente se distrai com estímulos irrelevantes ou encontra dificuldade em manter o foco em tarefas ou atividades.

• Dificuldade em manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.

• É comum que ele pareça não escutar quando alguém lhe dirige a palavra diretamente.

• Frequentemente não segue instruções até o final e falha em completar suas tarefas escolares, domésticas ou de trabalho, não por comportamento de oposição ou falta de compreensão das instruções.

• Enfrenta dificuldade para organizar tarefas e atividades.

• Muitas vezes evita, não gosta ou reluta em se envolver em tarefas que exigem esforço mental prolongado, como trabalhos escolares ou deveres de casa.

• Facilmente distraído por estímulos externos.

De acordo com o modelo de Barkley (1997), a desatenção no Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é atribuída ao comprometimento das funções executivas, destacando-se especialmente a dificuldade em inibir comportamentos e controlar interferências. Dessa forma, um rebaixamento no controle inibitório, ou seja, na capacidade de controlar a atenção, comportamento, cognições e emoções, pode causar déficits na memória de trabalho, autorregulação, autofala e reconstituição.

Outro critério diagnóstico é a hiperatividade e impulsividade, que possuem como características:

• Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na cadeira.

• Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que permaneça sentado

• Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é inapropriado.

• Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente. e. Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado”

• Frequentemente fala demais.

• Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido concluída

• Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez

• Frequentemente interrompe ou se intromete

Ademais, a dificuldade na integração entre emoção (o que se sente) e cognição (o que se sabe, pode e deve fazer) resulta no prejuízo do controle inibitório, afetando a capacidade de controlar o próprio comportamento. A habilidade de inibir uma resposta é crucial para a autorregulação, pois impede agir impulsivamente diante de eventos imediatos, permitindo direcionar ações ou comportamentos de forma mais consciente e planejada.

Mediante o exposto, o programa Funcionalmente Kids 2 – TDAH – Otto e o seu incrível controle remoto da CogniAcademy é direcionado especificamente para crianças entre 7 a 12 anos com TDAH, por meio de uma abordagem terapêutica baseada nos princípios da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e da Análise do Comportamento. Essas abordagens terapêuticas são eficazes no tratamento do TDAH, pois se concentram em modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para os sintomas do transtorno.

A TCC foca em identificar e modificar pensamentos disfuncionais e comportamentos inadequados associados ao TDAH, como a procrastinação ou a dificuldade em seguir instruções. Além disso, ensina habilidades para melhorar o gerenciamento do tempo, organização e planejamento de tarefas.

Por outro lado, a Análise do Comportamento se concentra na modificação de comportamentos específicos através de técnicas como reforço positivo, modelagem e estabelecimento de rotinas estruturadas. Isso pode ajudar crianças com TDAH a desenvolverem habilidades de autocontrole, reduzindo impulsividade e melhorando a atenção.

Logo, uma proposta lúdica e criativa pode ser particularmente eficaz para crianças com TDAH, pois atividades terapêuticas que são envolventes e estimulantes podem capturar e manter a atenção delas por períodos mais longos, facilitando assim o processo de aprendizado e mudança comportamental.

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